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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Considerações sobre magia


J. L. Tejo
editor do blog

Como definir magia? Aleister Crowley, em seu Livro 4 (Liber ABA), se referindo a seu sistema como Magick (diferenciando-o da vulgarizada expressão "magic"), a define como a "ciência da vida". Por sua vez, em seu "Dogma e Ritual de Alta Magia" o ocultista francês Eliphas Lévi a distingue como sendo "a ciência tradicional dos segredos da natureza", e delimita dois campos: "O mago dispõe de uma força que conhece, o feiticeiro procura abusar do que ignora".

Tal delimitação nos parece importante. Toda e qualquer ferramenta -seja corpórea, literalmente falando, ou incorpórea (o conhecimento, o saber, a técnica)- pode possuir um bom ou mau uso conforme o utilizador. Determinada substância pode ser medicamentosa ou venenosa, a depender da forma como é ministrada. O mal não está, portanto, na substância ou na ferramenta, mas naquele que lhe opera. Ser mago ou ser feiticeiro, na distinção de Lévi, diz respeito ao conhecimento que temos sobre a ferramenta e à forma como vamos utilizá-la.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Deus, conceito em evolução


O texto abaixo é na linha de um agnosticismo muçulmano, onde, sem deixar de reconhecer a possibilidade de existência da divindade e sua interação com a existência (portanto um agnosticismo teísta), rejeita as concepções tradicionais e antropomorfizadas de Deus. Assim, ao invés da "certeza" arrogante do fundamentalista, apregoa a humildade da dúvida e a aceitação de nossas limitações humanas para compreender o divino.

Deus, conceito em evolução

Hassan Radwan

Um dos meus ahadith favoritos é o qudsi que diz:

Eu sou o que Meu servo acredita que Eu seja.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O mito da homogeneidade muçulmana


O texto abaixo é da ativista e escritora Tithi Bhattacharya, e trata da pluralidade histórica do Islã. Ao contrário do que querem fazer crer os fundamentalistas, a autora destaca que a cultura islâmica é tradicionalmente diversificada e heterogênea.

O mito da homogeneidade muçulmana

Tithi Bhattacharya

Conforme o debate presidencial nos EUA avança, alguém poderia ser levado a acreditar que há uma iminente ameaça de que os muçulmanos tomem o poder.

De acordo com a NPR (National Public Radio), em um comício em New Hampshire Donald Trump defendeu sua proposta de proibir os muçulmanos de ingressarem no país, alegando que "há alguma coisa errada" com os muçulmanos e "sua cultura".

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Hussein, ou o martírio como ato de amor


Reproduzimos abaixo um pequeno trecho da obra Reason, Faith and Revolution, do militante e intelectual marxista inglês Terry Eagleton. Fala sobre o ato de martírio e o quão se difere da morte banal e destrutiva dos terroristas. Após o texto, há um vídeo do clérigo iraquiano radicado no Canadá, Usama al-Atar, performando Every day is Ashura, every land is Karbala. A imagem que ilustra o post é Sacrifice Karbala, e foi extraída aqui.

É o nosso tributo a Hussein ibn Ali ibn Abu Talib, a paz seja com ele e com toda a Casa Profética, na Ashura deste ano de 1438 a.H.

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