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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Dançar é preciso, viver não é preciso


(publicado originariamente
no Platitudes Banais)

O clérigo xiita kuwaitiano Yasser Habib, à pergunta (*) se é ilícito cantar ou tocar música:

Cantar e tocar música é uma armadilha de Satã, através da qual ele tem acesso à alma e ao coração do indivíduo e o leva à concupiscência, motivo pelo qual devem ser proibidos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O futuro do Iraque pós-Sistani


O texto abaixo faz conjeturas acerca da inevitavelmente próxima -haja vista a idade avançada do clérigo- sucessão de al-Sistani, o maior expoente religioso iraquiano. Trata, ainda, da disputa (de claros contornos geopolíticos) entre o xiismo iraquiano e o iraniano, bem como do interesse deste último em obter primazia no país vizinho.

O Iraque pós-Sistani, o Irã e o futuro do Islã xiita

Hayder al-Khoei

Durante uma recente viagem à minha cidade natal, Najaf, no sul do Iraque, eu me deparei com um livro intitulado "Meu líder Khamenei" na biblioteca pessoal de um clérigo, estudante do seminário islâmico (Hawza 'Ilmiyya Najaf). Ele havia pego esse livro em uma livraria próxima ao santuário do Imam Ali, onde o primeiro imam xiita está enterrado. É um destino popular entre os peregrinos muçulmanos- especialmente xiitas- do mundo inteiro.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Considerações sobre o wudu


J. L. Tejo
editor do blog

Algumas reflexões sobre wudu (ou abdesto, do persa), a ablução ritualística performada, por exemplo, antes das orações. A prática possui previsão corânica:

Ó crentes, sempre que vos dispuserdes a observar a oração, lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos cotovelos; esfregai a cabeça, com as mãos molhadas e lavai os pés, até aos tornozelos. E, quando estiverdes polutos, higienizai-vos; porém, se estiverdes enfermos ou em viagem, ou se vierdes de lugar escuso ou tiverdes tocado as mulheres, sem encontrardes água, servi-vos do tayamum com terra limpa, e esfregai com ela os vossos rostos e mãos. Allah não deseja impor-vos carga alguma; porém, se quer purificar-vos e agraciar-vos, é para que Lhe agradeçais. (5:6) (1)

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Nossa identidade em constante mudança


A matéria abaixo é sobre a médica, escritora e ativista egípcia Nawal el-Saadawi, nos marcos de sua participação no festival Africa Writes que se deu em julho deste ano, no Reino Unido. A veterana tem sofrido perseguição, prisão e ameaças ao longo da vida, em razão de sua militância.

"Todos temos sangue misturado, e quanto mais misturado, melhor"

Com uma carreira de meio século e mais de 60 obras publicadas no campo da ficção e não-ficção, Nawal el-Saadawi é hoje uma das figuras mais proeminentes na África e no mundo árabe.

Ao longo de décadas, os livros desta egípcia de 84 anos têm desafiado o status quo das estruturas patriarcais, religiosas e capitalistas. E a escritora ganhou reputação internacional como uma corajosa ativista que questiona os detentores do poder, apesar dos perigos decorrentes disso.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Quando a religião é o próprio amor


Trazemos agora mais Jalal ad-Din Rumi. O poema abaixo é uma versão nossa a partir da versão em inglês de Shahram Shiva, e foi originariamente publicado em outro de nossos blogs em agosto de 2013 (aqui).

Quando a religião é o próprio amor

Jalal ad-Din Rumi

Saiba: o verdadeiro Amante
não tem religião.
Não há crença ou descrença,
já que a religião é o próprio Amor.

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